
Maneater | Cuidado o tubarão vai te pegar
04/05/2025Fala, galera! Beleza?
Hoje quero falar sobre a minha experiência jogando Maneater, na versão para PlayStation 4. Tive uma grande expectativa com esse jogo, pois o considero o sucessor espiritual de JAWS Unleashed do PlayStation 2, um game que me rendeu horas de diversão em um mundo aberto de tamanho considerável para a época.
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Até o momento, com mais de 50% do jogo concluído, ele vem entregando o que promete… ao mesmo tempo que não promete muita coisa.

Reprodução: Internet
Enredo “comovente”
O game se passa em um programa de pesca de tubarões. Logo no início, a mãe do tubarão protagonista é capturada, e o pescador percebe que ela está grávida. Ele a mata e te retira do ventre, marcando você de forma sádica com sua faca. No entanto, o pequeno tubarão não deixa barato e arranca uma das mãos do pescador. E assim começa sua jornada solitária no mar.

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Gameplay
No começo, é bem complicado. O tubarão ainda é um filhote pequeno, e qualquer peixe um pouco maior se torna uma grande ameaça. O jogo dispõe de um sistema de evolução, permitindo melhorar a mordida, adicionar habilidades especiais, entre outras coisas. No entanto, não há uma grande diversidade de customização.
O jogo conta com uma espécie de “narração”, feita pelo apresentador do programa, que comenta os acontecimentos. A ideia é legal, mas sem muita profundidade.
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As missões principais e sidequests são divertidas, mas totalmente desconexas. Existem missões em que você deve devorar certo tipo de peixe inofensivo, mas no local há predadores que te atacam — ou, pelo menos, deveriam te atacar. Entre as sidequests, há placas de carros colecionáveis (???) e outras que mostram pontos específicos do mapa com uma breve descrição do local. Acredito que alguns desses pontos fazem referência à cultura pop, mas, até o momento, a única que reconheci foi uma casa em forma de abacaxi no fundo do mar. Para quem não entendeu, é uma referência ao desenho Bob Esponja Calça Quadrada.
As batalhas contra os peixes boss foram um dos pontos que mais gostei. O único problema é que, às vezes, a câmera não ajuda, fazendo você perder o foco no inimigo. Mas nada que frustre a jogatina. Até agora, o animal mais difícil que enfrentei foram as baleias orcas, mas acredito que Maneater ainda tem desafios mais complicados pela frente.

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Mapa e Ambientação
O mapa possui oito áreas diferentes, cada uma com seus peixes e características. No entanto, sinceramente, são pouco chamativas. Não há aquela sensação de mudança brusca entre os cenários, e os locais não transmitem uma vibe única — na verdade, são bem genéricos.
O jogo usa aquela receitinha básica de exploração, onde cada área tem um aumento de dificuldade e itens colecionáveis para instigar o jogador a explorar. Porém, em Maneater, os tipos de colecionáveis são sempre os mesmos do início ao fim, tornando o jogo extremamente repetitivo.

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Combates
Os combates são bem simples. Conforme você sobe de nível, os peixes menores e mais fracos podem ser derrotados com uma única mordida. Já contra um peixe de mesmo nível, seu maior problema será a câmera, que frequentemente atrapalha e faz você perder o inimigo de vista. Mesmo assim, com um pouco de paciência, dá para pegar o jeito de esquivar e atacar no momento certo, deixando as batalhas sem muitas reviravoltas ou momentos memoráveis.
Por outro lado, as batalhas contra os caçadores são bem mais desafiadoras. É preciso ter muito mais atenção para desviar dos disparos e customizar o tubarão com habilidades que lhe deem vantagem contra os barcos.

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Mas vale a pena ou não jogar?
Maneater não me deu a sensação esperada de sucessor espiritual de JAWS Unleashed, mas, mesmo assim, me divertiu. Ele não empolga, mas dá para passar de ano.
A ideia do jogo como um reality show me agradou, e a história, apesar de simples, faz sentido considerando que você controla um tubarão. O que faltou foi mais capricho nos combates contra chefes, uma ambientação mais interessante e itens colecionáveis mais atrativos para incentivar a exploração do mapa.