Lista de desejos do Sancini do DOS para a QUByte

Lista de desejos do Sancini do DOS para a QUByte

15/03/2024 0 Por Geovane Sancini

Nesse dia 12 de Março, a QUByte anunciou que a QUByte Emulation Engine agora trará suporte ao MS-DOS, permitindo portes de jogos de DOS para PS4, PS5, Switch, Xbox One e Xbox Series. E no mesmo post, a desenvolvedora e publisher brasileira pediu sugestões de jogos. E é claro que muita gente pediu jogos que fizeram parte de sua infância, e alguns incluíram até jogos que tecnicamente já tem portes modernos.

E eu, como não tenho namorada, decidi fazer uma lista com jogos que eu acho que seriam interessantes de ver, não porque foram parte de minha infância (se eu fosse colocar o que de DOS joguei na infância, poderia se resumir a Abuse e Dangerous Dave, no curso de informática), mas porque são jogos que já joguei ou vi, e também com dicas de jogos que de fato podem aparecer em consoles, através da QUByte. Sem mais delongas, vamos lá.


The Eye of the Typhoon

Esse é um jogo de luta obscuro sul-coreano, produzido para PC e 3DO. Haveria uma versão para Neo-Geo, mas foi cancelada (um novo porte de fãs para NeoGeo está sendo produzido). Esse jogo é praticamente uma redenção pelo título anterior da Viccom, o genérico Fight Fever, de Neo Geo. A jogabilidade é bem reminiscente dos jogos de luta do console da SNK, com o maior problema na versão de PC é a falta de remapeamento de teclas, e o posicionamento das mesmas no teclado.

Esse aqui é um dos que eu joguei quando fazia lives jogando jogos de MS-DOS, e recomendo dar uma procurada, é bem sólido, mais do que os portes de DOS de SF II e Mortal Kombat, por exemplo.


Lotus III: The Ultimate Challenge/Lotus: The Ultimate Challenge

Como recentemente fiz um texto sobre a série Top Gear, desde sua origem, e o que aconteceu pós SNES até o relançamento da Top Racer Collection (o texto ainda está sob revisão, vai ao ar em breve), eu tive oportunidade de jogar a série Lotus. Os dois primeiros jogos saíram no Amiga e em outras plataformas, como Atari ST, Commodore 64, Acorn Archimedes e Mega Drive, o terceiro jogo saiu para MS DOS.

Sendo um híbrido dos dois primeiros (corrida tradicional ou time attack com checkpoints), Lotus III é um excelente jogo de corrida, e recomendo se você curte a série Top Gear/Top Racer. A versão de MS DOS é um porte melhorado do jogo de Amiga.

Vinyl Goddess from Mars

Mas hein? Vinyl daonde? Marte? Deusa? Enfim, originalmente produzido para ser o segundo jogo da série Jill of the Jungle, a Epic Megagames (Hoje Epic Games) recusou o jogo, e publicou Jazz Jackrabbit, então o plot e sprites tiveram que ser rearranjados para algo original. É bastante semelhante a série Jill of the Jungle, mas com uma premissa imbecil. É o ano 200 bilhões. Vinyl está a caminho de uma convenção intergaláctica de filmes B, quando sua nave espacial é atingida por uma chuva de meteoros. Ela cai em um planeta desconhecido cheio de perigos.

Viu? Eu disse que era imbecil. Enfim, imagine uma versão 16-bits da série Jill of the Jungle e você vai saber como Vinyl Goddess from Mars funciona.

Attack of the PETSCII Robots

Esse é o jogo mais “moderno” da lista, já que foi produzido apenas alguns anos atrás. Criado pelo youtuber David “8-bit guy” Murray, o jogo é um misto de ação e puzzles, onde você precisa destruir robôs, se infiltrando numa base. Eu digo “ação” porque a ação não é o principal, você precisa das ferramentas certas para encurralar e destruir os robôs.

Originalmente produzido para Commodore PET (Daí o nome PETSCII, já que ele se utiliza dos caracteres do Commodore PET na versão original), ele possui versões para inúmeras plataformas, como Commodore 64, Amiga, Mega Drive, SNES, dentre outras. É um jogo “diferentão”, do que usualmente vemos no mercado.


Alien Rampage

Esse aqui é um dos jogos que há uma boa chance de aparecer nos consoles, já que a parceria da linha QUByte Classics é feita com a Piko Interactive, e Alien Rampage foi relançado no Steam pela mesma. Alien Rampage é o que originalmente seria o primeiro Duke Nukem Forever, ainda em 2D, mas a Apogee meio que cancelou esse projeto e foi pra Duke Nukem 3D. Ele é um run’n gun sólido onde no papel de um Alien, temos que destruir outros Aliens em busca de VINGANÇA… OU CHURROS. Não sei o que diabos é dito na cutscene introdutória, o áudio lá é tão zoado que pode ser um dos dois.

Agora, falando sério, a jogabilidade é boa e os gráficos são decentes, exceto a trilha sonora… Que é inexistente. Certamente uma boa jogatina, se você colocar um pouco de METÓÓÓL de fundo.

Alien Carnage/Halloween Harry

Originalmente lançado como Halloween Harry em outubro de 93, este sólido run’n gun platformer 2D foi rebatizado como Alien Carnage para não ser confundindo com um jogo seasonal e não afetar as vendas do jogo no resto do ano, de acordo com a Apogee. Com um estilo cartunesco, ele lembra bastante os originais Duke Nukem. No relançamento de 94 como Alien Carnage, as fases um e três do jogo foram trocadas de ordem, então quem tinha as versões Shareware de Halloween Harry e Alien Carnage poderia jogar metade do jogo sem pagar nada.

O jogo gerou uma continuação em 1996, chamada Zombie War. Hoje é possível jogar Alien Carnage de graça, já que em 2007, a 3D Realms disponibilizou Alien Carnage gratuitamente (só é necessário passar pelo site com fundo escuro e fonte preta).

Elvira: The Arcade Game

Esse aqui pode entrar na linha do janky que o Sancini quer ver pela graça. Sinceramente, a versão de Amiga é superior, mas seria engraçado ver um jogo antigo baseado na icônica personagem interpretada pela Cassandra Peterson em hardwares modernos.

Lagaf’: Les Aventures de Moktar – Vol 1: La Zoubida/Titus The Fox: To Marrakech and Back

A Titus, aqui pra nós é conhecida por duas coisas, uma, por ter publicado aquele jogo do Lamborghini no SNES, e o infame Superman 64. A publisher e desenvolvedora francesa era conhecida por vários títulos de qualidade questionável, mas haviam bons tesouros enterrados em um monte de merda. Por exemplo, o jogo que originalmente tinha a licença do comediante francês Vincent Lagaf’ foi retrabalhado como o mascot platformer Titus the Fox pro mercado internacional. É um jogo relativamente sólido, ainda que não seja marcante. Considerando que é da Titus que estamos falando, é GOAT material.

Dá pra medir o tamanho da infâmia de uma empresa quando um jogo competente apenas é considerado um GOAT. Absorva essa informação.

Elf

Esse título da Ocean, também lançado para Amiga e Atari ST está na lista dos possíveis jogos a serem lançados pela QUByte, novamente, devido a parceria com a Piko Interactive, que publicou o mesmo no Steam, anos atrás.

Elf é um platformer competente e simples, coisas que a Ocean sabia fazer quando queria. Sério, muita gente que jogou em console tende a odiar a Ocean por causa dos jogos questionáveis dela em plataformas como o Mega e o SNES. Claro, que as vezes, eles faziam um jogo bosta de propósito, como o jogo de Highlander, mas isso é história para OUTRO DIA.

Risky Woods

Outro platformer que é possível de ser lançado pela QUByte, já que também foi republicado pela Piko. É considerado um dos melhores jogos espanhóis de todos os tempos pela HappyConsolas (revista espanhola de jogos), e um platformer competente, que recebeu uma versão para Mega Drive.

Ironicamente, foi um dos últimos títulos da desenvolvedora Dinamic Software, que fechou as portas no ano em que Risky Woods foi publicado. OOF.

Eu havia colocado outros jogos aqui, com base em clipes com gameplay dos jogos em questão, mas depois de uma melhor análise dos mesmos, eles saíram da minha lista de desejos por portes, então, com esses singelos títulos, fica aqui os jogos que eu gostaria de ver portados de DOS pela QUByte.

Agora, como comentário as respostas do tweet da QUByte, sei que muita gente pediu jogos que são queridos, mas que seriam difíceis de conseguir os direitos para um porte moderno, pois suas IP’s são de empresas como a Bethesda, Ubisoft ou Epic Games. Alguns dos jogos pedidos (Lamborghini American Challenge) possuem versões melhores em outros Hardwares, e alguns até mesmo possuem versões modernas…

Maaaaas eu adoraria um relançamento de Carmen Sandiego. Hey, eu sou um hipócrita, eu sei.