Castlevania: Dawn of Sorrow | Retro Review

Castlevania: Dawn of Sorrow | Retro Review

22/02/2023 0 Por Geovane Sancini

Há pouco tempo, falei sobre meu Castlevania favorito, o Aria of Sorrow. O que tecnicamente é uma mentira, já que esse texto é bem antigo, mas vamos fingir que é recente porque eu reaproveitei ele, um dos meus textos de meu antigo blog. Pois bem, na virada de geração do Game Boy Advance pro Nintendo DS, houve um salto gráfico e sonoro no portátil da Nintendo, e é claro que a Konami iria fazer um Castlevania.

E claro, que seria uma continuação de meu Castlevania favorito, e como era tendência em consoles Nintendo, você simplesmente coloca o nome do jogo + console, por exemplo, Mario Kart 64, Advance Wars, Sonic Advance. E é claro que no Nintendo DS, isso também foi regra, visto jogos como Ninja Gaiden: Dragon Sword, Full metal Alchemist: Dual Sympathy, e é claro, Castlevania: Dawn of Sorrow.

Reprodução: Internet

 

Soma Cruz ainda tenta tirar uma casquinha de Mina… E o mal voltou

O enredo se passa em 2036, um ano depois de Soma ter derrotado Graham Jones e com o apoio de seus amigos derrotou a criatura caótica que ameaçava a humanidade… Apesar disso, ele descobriu que herdou os poderes de Drácula, e tem que conviver com isso. Num passeio aleatório com Mina (ao que parece, ele ainda tenta tirar uma casquinha da moça), Soma é atacado por algumas criaturas das trevas, capitaneadas pela líder de uma seita misteriosa que vem crescendo.

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E nisso ele descobre que o seu poder de Drácula não havia sumido, apenas estava adormecido enquanto não havia perigo. Celia diz que quer despertar um novo conde das trevas, eliminando Soma e fará de tudo para alcançar o seu objetivo. Nisso, Soma, Arikado, Julius e Yoko partem para o castelo para investigar. A trama não foge do básico, mas não tem as reviravoltas de Aria of Sorrow, afinal, você já sabe que J era Julius Belmont, Arikado é o Alucard e Soma Cruz era Drácula.

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O bom e velho metroidvania, melhorado

A jogabilidade segue o mesmo ritmo de Aria of Sorrow, mas agora com a maior quantidade de botões frontais, tivemos boas adições. Para cada arma do inventário, foi adicionado um ataque especial (A) que utiliza um pouco do seu MP. Outra alteração bem vinda, foi a da alma Doppelganger que permite que você tenha dois inventários de equipamento/almas e lhe dá uma chance de criar certas estratégias (embora a minha seja surrar os inimigos gritando: MOOOORRE DIABOOO!) contra determinados tipos de oponente.

Yoko ganhou maior utilidade no jogo no modo história, já que como feiticeira, ela tem poderes mágicos, e tem a habilidade de combinar algumas armas com alma, sintetizando armas mais fortes e pode te ajudar a economizar um bocado de dinheiro em determinadas armas, a custo de uma alma que PODE ser útil. Um dos problemas aqui, é que a coleta de almas está mais difícil, às vezes dependendo de uma sorte maior do que a necessária.

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O jogo tem três possíveis finais, um bom, que não é o verdadeiro, um ruim, que desbloqueia o Julius Mode e o bom. Aliás, o Julius mode foi bastante melhorado em relação ao Aria of Sorrow e convenhamos, ele foi uma prévia de como seria o Castlevania seguinte (Portrait of Ruin), com dois personagens jogáveis e intercambiáveis.

O Julius Mode funciona como os clássicos Castlevania, ou mais ou menos como o Circle of Moon de GBA. Empunhando o Vampire Killer e fazendo o uso de sub-armas, ele oferece uma história: “E se Soma Cruz tivesse cedido aos poderes de Drácula?”. Aliás, isso dá uma sobrevida maior ao jogo.

Ah, sim, a Stylus se faz necessária em alguns momentos do jogo, como os Magic Seals (necessários para se derrotar os mestres) e em outros momentos para “derreter o gelo”, e os cinco selos vão aumentando a dificuldade gradativamente.

Post Scriptum do Sancini de 2023: Hoje em dia temos uma romhack que elimina a necessidade do uso da Stylus.

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Anime de Castlevania, antes daquela porcaria da Netflix

Graficamente é bem bonito, com cenários mais detalhados e monstros maiores, ainda não seria o mais bonito, mas mostra competência com ótimos efeitos visuais. O jogo conta com uma arte em anime, diferente do anterior, dando um toque diferente ao jogo. E para ser honesto, a arte ficou mais agradável pra mim do que a do seu antecessor.

As músicas aproveitam o hardware do DS e provavelmente ficarão na sua cabeça por um bom tempo… E destaco aqui a música de entrada (A do Lost Village) do Julius mode, que é uma clássica já da franquia. Aliás, outro remix de um clássico é encarado em Silence Ruins, se não me engano.

As vozes em sua maioria estão melhores que em Aria of Sorrow, mas o Hikaru Midorikawa (seiyuu do Soma) colocou um tom mais velho no personagem… Bem mais velho, diria eu. Afora isso, a sonoridade de Dawn of Sorrow é excelente.

Recomendo pegar o disco com a compilação de Aria e Dawn of Sorrow e escutar.

Reprodução: Internet

Finalizando…

Finalizando, com alguns defeitos, e uma jogabilidade melhorada, Castlevania: Dawn of Sorrow é uma ótima pedida para o DS, e você irá passar um bom tempo explorando o castelo de Drácula, chutando bundas. E eu vos digo, amigos, não há nada melhor do que destruir cruz-credos em um fim de semana.