Dungeon Color | A Porta da Esperança

Dungeon Color | A Porta da Esperança

24/03/2022 0 Por Geovane Sancini

A Formula 1 está de volta! Finalmente, depois de meses de especulação, transferências e até mesmo pilotos demitidos, o pináculo do esporte motorizado está de volta. E mais importante que isso, com as corridas, vem os memes.

Falando em corrida, aliás, vocês deveriam assistir/ler, Capeta, uma obra bem underrated sobre corridas, contando a história de um garoto que acaba se apaixonando por corridas e começa a trilhar o caminho para se profissionalizar. O anime tem um final meio “mandrake”, já que haviam alcançado o mangá, mas é bem divertido.

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E bem, eu precisava de algum assunto pra abrir o texto, caso você se pergunte o que isso tem a ver com o jogo analisado. E a resposta é: absolutamente nada. Mas eu estou ficando sem criatividade pra esse tipo de coisa, então esperem que em todo review que eu estiver sem assunto, abra com alguma coisa completamente idiota do meu cotidiano. Enfim, onde eu estava?

Ah sim, o jogo de hoje… Para a surpresa de absolutamente NINGUÉM, o jogo da análise vai ser um puzzle, dessa vez, um feito no Brasil e publicado pela QUByte. Intitulado Dungeon Color, ele foi recentemente para consoles, tendo saído originalmente em outubro do ano passado para PC. Será que ele vale a pena seu tempo?

Dungeon Color

Reprodução: QUByte Interactive

Hora de fugir da Dungeon, queimando seu próprio cocoruto

Você é Daniel, um cosplayer da versão pelada de Sans, do Undertale, já que roubaram as roupas do cosplay. Por conta disso, você foi flagrado nu no meio da rua (mesmo que tecnicamente não estivesse pelado), e as autoridades competentes te largaram no xilindró e jogaram a chave fora.

Porém, você é uma criatura senciente, e percebe que poderá sair do xilindró, porque as portas coloridas se abrirão assim que você queimar a sua cabeça com chamas daquela cor em específico.

Por quê alguém faria isso? Você não questiona, já que te prenderam por fazer cosplay do Sans pelado. Tudo o que você quer, é sair daquele lugar e comprar uma latinha de Monster Energy porque Red Bull tem gosto de mijo.

Com essa introdução, chegamos a duas conclusões: Uma, eu voltei a inventar roteiros para jogos que não tem um, o que é uma boa coisa. E Dois, acabei de jogar fora qualquer oportunidade que possa ter da Red Bull patrocinar o Arquivos do Woo, então… Ei, Monster Energy, patrocina nós aqui, eu gosto do teu Energético de verdade, é o único que não tem gosto de tristeza em lata e é legitimamente bom. #MonsterEnergyPatrocina

Dungeon Color

Reprodução: QUByte Interactive

As cores determinarão a sua saída

Dungeon Color é um puzzle (Ora ora, temos um Xeróque Romes aqui), no qual se deve chegar a fogueira multicolorida em cinquenta estágios. Só que entre você e a fogueira colorida, existem portas coloridas. Essas portas irão se abrir conforme o jogador passar por cima das fogueiras pequenas daquela determinada cor.

Claro que é algo que começa simples, mas conforme avança-se, a complexidade das fases vai aumentando, e a cada dez fases, um novo gimmick é adicionado ao jogo, como os teleportes, levando o jogador a outro ponto do mapa, ou chaves que abrem portas brancas com o cadeado da cor daquela chave.

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Depois, itens que trocam as cores surgem, e para finalizar, colunas que só podem ser abertas quando botões na frente delas são apertados. Mas tem um porém nesse último, que é o fato de que não se pode voltar por essas colunas, já que elas fecham assim que você passa por elas.

O jogo tem o típico defeito de alguns jogos do gênero, que certos puzzles são mais difíceis que alguns posteriores, isso é impossível evitar, até porque antes das fases propriamente ditas, o jogo lhe dá uma colher de chá, ao lhe oferecer o gimmick em um ambiente mais seguro.

Outro problema, e esse é um que é um problema meio chato de verdade (ao invés do anterior que é só algo comum no gênero), é que em algumas instâncias, as fogueirinhas estão posicionadas próximas das portas e se o fogo é da cor diferente daquela porta (e ela estava aberta), a porta vai fechar. Por vezes, aquela porta vai te prender, forçando o jogador a reiniciar a fase.

Mas fora esses problemas, se o jogador, ao contrário de mim, for inteligente, não terá tantos problemas pra chegar ao final do jogo. Dito isso, as últimas 6, 7 fases foram um real desafio, mas analisando o seu ambiente e tentando pensar dois passos a frente, é possível terminar esse jogo em cerca de uma hora e meia, duas horas talvez.

Reprodução: QUByte Interactive

Simples, mas não minimalista. Porém…

Vamos tirar o elefante branco da sala. Dungeon Color tem somente uma música. E ela é tremendamente insossa. Tipo, não vai importar se você vai ouvir ou não ela, o que importa é que você vai esquecer da música assim que fechar o jogo.

Graficamente, como eu brinquei lá em cima no começo da análise, o sprite do personagem principal parece uma versão pelada do Sans, mas enfim. O jogo possui um visual simples, mas graças a Deus ele não descamba pro minimalista. Os cenários são ok, mas aí, ele acaba caindo na repetição de todas as dungeons terem as mesmas paredes, o que deixa tudo com cara de mesma coisa.

Seria melhor se ao longo das fases, com as mudanças de gimmick, viessem alterações na paleta de cor dos cenários, daria uma cara de variedade ao jogo. Mas essa é só a opinião simplória de um cara que joga Vodji Gams, e não entende nada de programação.

Reprodução: QUByte Interactive

Por um bom preço, por quê não?

É difícil sumarizar os prós e contras de Dungeon Color. Por um lado, é um jogo competente e criativo. Por outro lado, os cenários repetitivos e a musica insossa me impedem de dar uma recomendação plena ao jogo. Se você curte puzzles, dê uma chance, a todos os outros, aguardem uma promoção.

Dungeon Color está disponível para Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X | S, além da versão original de PC.


Esta análise foi feita no PlayStation 4 com uma cópia digital do game gentilmente cedida pela QUByte Interactive.