Resident Evil Village | Impressões das sombras

Resident Evil Village | Impressões das sombras

30/05/2021 0 Por Diogo Batista

Eu adoro a franquia Resident Evil clássica e quem acompanha a site há muito tempo sabe disso. E mesmo que eu tenha perdido alguns spin-offs ao longo dos anos, não passei a gostar menos da franquia.

Logo, com o anuncio de Resident Evil Village a minha empolgação voltou, um pouco contida, mas ainda com boas expectativas. Primeiro pelo motivo de explorar a mitologia dos monstros e deixar um pouco de lado os bons e velhos zumbis.  Esses estão em um descanso desde o sétimo titulo alias.

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E após toda a espera, finalmente pude colocar minhas mãos no novo titulo da franquia e tirar minhas conclusões. Claro, sendo honesto, ainda não finalizei mas queria deixar minhas impressões das mais de 10 horas jogadas até o momento.

Sigam-me forasteiros!

O início da Jornada em Resident Evil Village

Resident Evil Village ocorre meses após os traumáticos eventos do sétimo game, agora Ethan Winters está em uma casa confortável em algum canto do mundo com Mia e sua filha recém-nascida, Rose.

Nesse ponto somos embalado por uma rápida sensação de segurança, caminhando com a bebe nos braços enquanto Mia prepara o jantar. É incrível o quão belo esse game está, mesmo no meu Xbox One Fat 2077.

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Nesse ponto eu recomendo ao leitor a explorar um pouco a casa, é possível notar livros sobre armas entre outras coisas, dando sinal de que Ethan passou por um treinamento. Isso fica meio explicito, mas é interessante vasculhar assim mesmo na primeira jogada.

Quando retornar a sala de jantar, tudo vai para os ares e você será atirado no meio do nada próximo a um vilarejo, e ai o game começa. Toda a cena que se segue até esse ponto é surpreendente, ao ponto de ser quase impossível não se impressionar com o que pode ser feito com a RE ENGINE.

OLHA O BICHO VINDO!

Ethan acaba sendo atirado próximo a um vilarejo depois do carro que o transportava capotar. Ferido e sem ideia de onde Chris levou sua filha, resta ao personagem agora controlado pelo jogador se aventurar naquele local e encontrá-la.

Nesse ponto em diante a coisa só melhora, somos apresentados a um dos inimigos mais recorrentes, Os Licanos. E eu gostei tanto das características desses inimigos que vou dedicar algumas linhas a eles.

Os licanos são inimigos extremamente ágeis e isso lhes permite desviar do campo de tiro, após ser alvejado uma vez. Não fosse a agilidade um problema, alguns são mais resistentes por contar com armaduras e armas. É. Alguns deles portam armas brancas, como machados rudimentares e até arcos com flechas.

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Quando em grande número causam uma bela dor de cabeça para derrotá-los, mesmo com armas mais poderosas. Nesses momentos o local sempre deixa alguns barris, meio que propositalmente para usarmos em situações como essa, então atirem neles com sabedoria.

O aspecto físico dos licanos remetem ao The Wolf Man, mas não o clássico de 1941 com o saudoso Lon Chaney Jr. e sim o remake de 2010 e com devidas mudanças.  E mais adiante do game você se depara com outros monstros, mas sendo sincero esses são os meus prediletos.

“No rancho fundo, Bem pra lá do fim do mundo”

Se existe algo que merece destaque são os efeitos sonoros, que estão simplesmente absurdos. É impossível não se deixar levar pela imersão que a combinação de sons e trilha causa no jogador. Há determinados pontos que você simplesmente ouve estalar de madeira, tilintar de cristais, uivos, pássaros e todo tipo de coisa que cria uma atmosfera pesada e claustrofóbica.

Tudo no game é belo e assustador ao ponto de conseguir deixar o jogador com aquela pulga atrás da orelha, o que torna as idas e vindas à determinados trechos do mapa uma jornada repleta de ansiedade.

Por outro lado a área de exploração do game é relativamente grande, mas sem contar com respawn constante de inimigos. Imaginava encontrar um numero maior e considerável, mesmo jogando no modo normal do game, mas ele meio que lhe da uma colher de chá depois que você limpa uma área. Só retornam após você derrotar um dos filhos de Miranda, o que reflete nas áreas já visitadas.

E quanto a munição para lidar com essa corja toda, bem, ela não é tão farta no modo casual. Você encontrará pólvora entre outros elementos que são usado para a confecção dessas munições em caixotes quebráveis e espalhado por todo o mapa, além daquilo que os inimigos vão dropar após serem mortos.

Os Filhos de Miranda

Resident Evil Village conta com cinco bosses do modo história, são eles: Lady Dimitrescu, Donna Beneviento, Salvatore Moreau, Heisenberg e a Mãe Miranda. Existe outros menores e até ganhou certa atenção, mas quando você joga percebe que ficaram restritos apenas a pôsteres de divulgação.

Lady Dimetrescu ganhou mais atenção em marketing do que no game propriamente dito, pois é uma das primeiras áreas em que você desbravara e vai notar que é um local relativamente rápido de se avançar. Não entrarei no mérito do combate contra ela ou suas filhas, mas lhes garanto que é no mínimo divertido.

Donna Beneviento é a segunda na história, então após derrotar Dimetrescu você se vera direcionado a mansão da Beneviento. Um dos trechos mais assustadores, diga-se de passagem e o mais fácil de todos. Em seguida temos Salvatore Moreau e seu parque aquático. Não diria que é fácil esse trecho, mas tem alguns momentos que realmente são chatos. O combate com ele é interessante e ao meu ver um dos personagens com a personalidade mais legal.

Existem outros monstros mais fortes que os licanos e ghouls, como o Urias, aquele velho barbudo segurando uma marreta que aparece nos trailers, ou o canibal brutamontes. São relativamente difíceis, então controla essas munições.

Impressões finais (por enquanto)

Estou gostando bastante de Resident Evil Village, mas não o achando tão assustador quanto se fez parecer. Claro, o fator ação está aqui mas até onde estou jogando eles são bem pontuais.

É curioso ver como conseguiram criar um equilíbrio aqui entre a ação e o terror. Oras, há uma horda de lobisomens prontos para lhe arrancar uns nacos de carne, só que também temos um barril explosivo doido para transformá-los em uma chuva de sangue.

Essa mescla funciona tão bem que você, mesmo sabendo o que vai acontecer em seguida, ainda toma alguns sustos ou continua tenso.  Claro, existe alguns por menores para se falar, mas vou deixar para citá-los na analise que sairá assim que finalizar o game.

Por enquanto só posso dizer que é um dos títulos mais belos da franquia, mesmo rodando nos consoles da 8º geração. O enredo é interessante e consegue prender, ainda que as vezes sinta que algumas coisas estão ali atiradas porque alguém achou a ideia boa, mas no contexto geral é divertido. Senti que houve um hype levemente exagerado em cima do titulo, mas como não o finalizei, deixarei para falar mais depois.

Espero que tenham gostado do texto, e se também está jogando  comente abaixo o que esta achando do game.

Essa análise foi feita com uma cópia digital de Xbox One gentilmente cedida pela distribuidora do jogo.