Little Adventure on the Prairie | As horríveis aventuras de Jesuíno

Little Adventure on the Prairie | As horríveis aventuras de Jesuíno

26/12/2019 0 Por Geovane Sancini

Jogos ruins. Todo mundo já jogou algum. Jogos péssimos, certamente. Eu mesmo fiz a análise de duas das maiores atrocidades que a Espanha cometeu contra o mundo nos tempos recentes. Existem aqueles jogos, que só de você olhar a capa (ou a thumb, se você usa algum serviço digital, como o Steam/PSN/Live/eShop), já percebe: NÃO, nem ferrando eu compro isso.

Eventualmente, se o preço é baixo, a curiosidade mórbida acaba batendo e é assim que títulos como Little Adventure on the Prairie acabam parando na biblioteca de muitos jogadores. Custando cerca de 2 dólares (R$ 6,50 na PSN), ele é o que há talvez 10 anos atrás, chamaríamos de ‘jogo do Milzão’, aquele jogo ruim que você compraria a um preço baixo só pra conseguir 1000 pontos fáceis em seu gamescore do Xbox 360 (em 2009, os troféus ainda não eram uma coisa tão massiva no PS3, quanto os Achievements eram no 360). Mas enfim, eu vou deixar claro logo aqui: NÃO COMPRE Little Adventure on the Prairie, eu cometi esse erro, então vamos lá.

O jogo não tem nem um conceito básico pra eu chamar de história, então vamos inventar uma aqui: Nosso herói, Jesuíno (estamos próximos do Natal, que acabou de passar, então ele é uma mistura de Jesus com Natalino), entediado que não conhece nenhuma princesa a ser salva, nenhum vilão déspota a ser derrubado, tampouco nenhum traficante para lhe fornecer drogas, resolve sair em uma carnificina sangrenta e destruir todos que cruzarem seu caminho. Como ele vai fazer isso? Pulando na testa dos inimigos, sacudindo sua espada e esperando pelo melhor.

Primeiramente, Little Adventure parece um projeto de alguém que aprendeu a usar a UNITY semana passada. O jogo é um platforming 2D que faz tudo de errado possível. A movimentação do personagem é esquisita, assim como a maneira que ele pula. Assim como em Yasai Ninja, efeitos de colisão são inexistentes. Você só ataca com a espada até o inimigo desaparecer.

O design de fases do jogo é risível, geralmente uma linha reta, às vezes abismos a serem saltados, e por vezes você desce para um ponto inferior do mapa e vai para o outro lado. Ah sim, você precisa matar todos os inimigos pra terminar. E curiosamente, a melhor maneira de matar todos os inimigos, é pulando na testa deles e atacando sem parar, pois a colisão do jogo é tão ruim, que você vai ficar grudado na testa do inimigo e a possibilidade dele te atacar é menor.

Existem power-up’s nas doze fases, além de itens pra recuperar sua energia. Eles não são (talvez o item de saúde seja) obrigatórios pra terminar o jogo, mas você irá os pegar mesmo assim porque eles estão no caminho. E sim, são doze fases. Você vai levar no máximo, meia hora pra terminar tudo… E ainda vai ganhar um troféu de platina no processo.

Graficamente… Não tem nada que se salve. Tanto Jesuíno, quanto os inimigos são compostos de poucos frames de animação e a movimentação deles é atroz. Os cenários são genéricos, e mal feitos, basicamente um JPEG onde dá claramente pra ver onde é o fim da figura, porque o fim e o começo não se ligam, deixando uma linha evidente.

Sonoramente… Eu juro que não lembro das musicas desse jogo, se é que ele tem música. Colocar um CD com o som de gatos brigando seria um som de fundo mais memorável para esse arremedo de jogo.Essa foi uma review mega curta, eu sei… Mas serve de alerta a todos, que quando um jogo parece ruim, tem cara e screenshots que denotam a falta de qualidade, polimento e redenção, evite-o, porque o jogo certamente é pior que bater na mãe com tamanco de madeira. Little Adventure on the Prairie não merece seu dinheiro, sua atenção ou curiosidade.Fuja dessa atrocidade como o diabo foge da cruz.

Essa atrocidade está disponível para Android, iOS, PlayStation 4, PlayStation Vita (mas não é cross-buy, vá entender) e Nintendo 3DS