IT – A Coisa (2017) | Minhas Impressões do filme

13/12/2017 0 Por Diogo Batista

IT (A Coisa 2017) foi um dos filmes de horror mais falado desse ano enquanto era exibido nos cinemas. Talvez mais do que eu esperava ouvir, o que me fez criar algumas expectativas para conferir esta nova adaptação do conto de Stephen King.


Graças a todo o hype eu decidi ler o livro, uma vez que não iria ao cinema por questões de grana e medo de se arrepender. Oras, eu gosto até da adaptação dos anos 90, mas nunca iria ao cinema assistir. Por outro lado estava mais do que na hora de eu ler o livro.


Bem, terminei de ler o livro, re-assisti a adaptação dos anos 90 e agora assisti esta nova adaptação que todos falaram tão bem. Não sei dizer o que sentir, então vamos analisar alguns fatos juntos.


Me acompanhem!



Muito foi dito a respeito do elenco infantil do filme, segundo alguns uma das coisas mais legais do filme. Não achei que tivessem muita química juntos, apesar do roteiro tentar construir motivações para estarem ali, é tudo muito superficial. Stan, por exemplo, é um dos moleques mais apáticos que há no grupo. Porém, de algum modo isso funciona se você ignorar a falta de química entre eles.

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Eu sei, eu sei, to parecendo um chato, mas leve em consideração que estou ignorando totalmente o livro. Só para vocês entenderem, Richie e Bill possuem uma relação de amizade extremamente forte, enquanto aqui é bem rasa e se limita a algumas piadinhas. Também não posso deixar de falar sobre, Mike. Ele quase não aparece durante o filme, apesar de ser outro personagem essencial e que precisava ser melhor aproveitado para a trama.



Ao longo de duas horas e alguns minutos de filmes somos presenteados por momentos de tensão e algumas cenas realmente divertidas. Sabe aquele susto barato que tem dominado Hollywood, nada dele por aqui. Já é alguma coisa para alguém que pensou encontrar um péssimo filme.



Agora se há algo que merece destaque, sem dúvida é o Pennywise, interpretado pelo Bill Skarsgård. Ele faz trabalho excepcional aqui. Eu adorava o palhaço feito por Tim Curry, isso porque ele possuía um humor ácido, o que casou perfeitamente com a ideia de King, mas aqui temos um Pennywise sombrio e que não é tão brincalhão.


Ele aparece pouco durante todo o filme, mas todas as suas aparições te surpreende, seja ele saindo de dentro de uma geladeira ou mordendo o rosto de uma criança – É, to falando que esse Pennywise é outra pegada.


Uma das minhas cenas favoritas é o momento em que Henry Bowers está agredindo Mike, que ao tentar se levantar avista o palhaço próximo a mata devorando um pequeno braço, e ao notar que foi visto dá tchauzinho para o Mike com o braço semi-devorado. Eu quase aplaudi de pé essa cena.


Bowers também merecia um pouco mais de cuidado, o efeito que Pennywise causa na cidade não foi explorado o suficiente para justificar algumas das ações dele, como (spoiler) matar o pai com sua própria faca (fim do spoiler). Até porque ele é um personagens muito importante para o desenvolvimento da segunda parte do filme.


Por mais que eu quisesse odiar It, reconheço que foi feito um bom trabalho ao condensar muitas das páginas do livro em duas horas de filme. Essa é uma das adaptações mais próxima do livro que temos, por enquanto. A quantidade de personagens e algumas das situações retiradas são várias e realmente prende a atenção do telespectador.



Outras foram modificadas, possivelmente para se adequar aos dias de hoje. E não, não acontece a orgia entre crianças que está presente no livro. Colocaram uma cena fofa no lugar, e como é o gordinho que se dá bem, fiquei feliz… pelo menos até o final dele.

Por que nós gordos não podemos ficar com a garota no final dos filmes? É sempre o garoto popular que se dá bem? OK, parei!


Inserir muito do livro teve um custo no final das contas, como citei acima, personagens que são interessantes acabaram não tendo função alguma além de virar comida do Pennywise. Quando na realidade eles poderiam ter inserido vitimas com um apelo emocional muito maior, visto que vão morrer mesmo.

Mas o que senti mais falta foi da história por trás de cada um dos membros do Clube dos Otários; eu adoro a personalidade de cada um deles e a história que os torna o que são. Isso foi deixado de lado em prol de alguns sustos e acelerar um pouco o enredo para o combate final.


O trecho final do filme eu achei meio zuado, porque não faz sentido algum o palhaço que está devorando criança (spoiler)  sequestrar  a garota só para atrair os garotos (fim do spoiler). Isso foi estupido e foge totalmente do padrão que o próprio roteiro criou das ações do Pennywise. 


Fora alguns problemas como esse, achei que o filme IT conseguiu ser superior a primeira adaptação. Sem dúvida podia ser melhor, podíamos ter mais do Pennywise ou entender mais sobre os personagens e o porque se juntam, mas no geral funciona e isso faz jus o sucesso que alcançou. O filme também é um deleite para quem pode ler o livro porque vai captar todas as referencias espalhadas pelo filme.

TCHAU!!

Agora só nos resta torcermos para que 2019 chegue logo, pois dessa vez irei conferir a segunda parte nos cinemas.