theHunter: Call of the Wild | De uma beleza nunca antes vista

theHunter: Call of the Wild | De uma beleza nunca antes vista

30/11/2017 0 Por Diogo Batista

No passado eu me diverti muito com jogos como a franquia Cabela’ s Big Game Hunter e um outro joguinho de Android, mas fora isso, nunca encontrei nenhum outro jogo que trouxesse uma experiência real da caçada.

O que me fazia pensar se uma experiência mais realista da caçada realmente funcionária nos videogames?

Bem, parece que a Avalanche Studio também esteve pensando nisso, pois nos entregou TheHunter: Call of the Wild, um jogo que tem a proposta de oferecer uma experiência “real” de uma verdadeira caçada.

Mas será que foram bem sucedidos?

Está aberto a temporada de caça

TheHunter: Call of the Wild começa te oferecendo a possibilidade de estilizar o seu personagem, e após isso, você é levado a uma das duas reservas do jogo, onde lá você terá um mapa enorme a percorrer enquanto decide qual será a sua presa.

O que em um primeiro momento eu me senti perdido nos comandos, mesmo com um tutorial sendo apresentado. Isso porque estava habituados a um formato tradicional dos jogos de FPS, então leva-se um tempo para se adaptar aos controles do jogo. Nada que possa atrapalhar.

Com os comandos aprendidos, então é hora de explorar a reserva em que estamos. Decidi percorrer aleatoriamente ignorando a voz de  nossa guia, só para conferir o cenário e ver se topar com alguma corsa ou qualquer outra presa. Cheguei a encontrar algumas no caminho, porém, nenhuma delas oferecia grandes pontuações.

Hora de alvejar animais

O jogo utiliza de um sistema cataloga os alvos como relevantes oferecem experiência e dinheiro, então não pense que atirar em todos os animais do caminho te favorecerá.

Isso pode até prejudicar um possível alvo maior, visto que o som dos tiros assustam os animais, que apesarem de grandes não são muito fáceis de serem encontrados. Diabos, nenhum ser vivo quer ser morto, então dão o jeito de fugir.

Caçar na vida real não deve ser uma tarefa fácil, e o jogo segue isso a risca ao oferecer equipamentos como chamarizes, armas melhoradas, feromônios a apitos que simulam  o som de acasalamento. São apetrechos que custam horas de jogatina para serem pegos e facilitar um pouquinho.

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Você precisará caçar muitos animais para ganhar dinheiro e experiência o suficiente para desbloqueá-los e em seguida comprá-los. Creio que o desafios aqui seja um pouco alto demais, porque não ter bons equipamentos consiste em horas andando na surdina e fugindo da direção do vento e ainda se frustrar com o fato da caça fugir antes mesmo que você a aviste.

Claro, temos um sistema de rastrear as pegadas dos animais que até certo ponto é eficiente, mas os animais parecem possuir um sentido aranha, porque não são nada fáceis de serem pegos.

O que pode ser frustrante em alguns momentos, acredite.

De uma beleza nunca antes vista

Por outro lado, estamos diante de um dos jogos mais belos que pude conferir esse ano. Sério, TheHunter: Call of the Wild é lindo e repleto de uma vegetação muito viva. O trabalho e cuidado ao replicar a movimentação das folhas e o clima dinâmico surpreende muito. É algo lindo de se ver.

Temos uma variedade de animais para caçar, e para encontrá-los você precisará andar muito por toda a reserva. Cada um deles se mantem em áreas especificas da reserva, por sorte você pode acessar pelo mapa e conferir.

Para se locomover mais rapidamente o jogo te dá um quadríciclo, mas ele só faz barulho e pode te alarmar os animais, sendo útil apenas para chegar em áreas mais afastadas. Um fast travel cairia muito bem sem tivesse em diversos pontos do mapa afim de facilitar o acesso a determinadas áreas. Só que aqui você pode apenas ir até a cabana e depois seguir na caminhada novamente.

Talvez isso tenha sido feito propositalmente para te forçar a seguir na caminhada e  apreciar a paisagem que são de tirar o folego.

Sidequest’s?

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TheHunter: Call of the Wild como qualquer jogo de mundo aberto não se limita a apenas te jogar sem objetivo. Ele também te dá algumas quest, como acabar com animais que estão comendo plantações de milhos ou mesmo apenas registrar algumas fotos de determinados animais para um fotografo.

É, estamos diante de um jogo de caça, esperava fazer o que? Roubar um banco?

Outro ponto que preciso destacar é a sonoplastia do jogo. É incrível. Você consegue ouvir o som das folhas, galhos, animais e até mesmo o vento enquanto explora a reserva. Isso aliado aos cenários bem construído, nos leva a uma imersão muito grande – Em alguns momentos eu quis estar ali sozinho a beira do lago.

Só que nem tudo é flores em TheHunter: Call of the Wild, pois as quest não são lá tão interessantes quanto devia.

Os detalhes

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Mirei na cabeça e acertei o traseiro

 

Depois de um pouco mais de 10 horas de jogatinas eu não estava mais me divertindo, e isso realmente me chateou um pouco. Se ao menos as quest fossem um pouco mais interessantes, talvez me sentisse motivado a continuar jogando mais algumas horas. Ou, se talvez não fosse tão complicado topar com alguns dos animais.

Por vezes me senti um idiota ao andar muito tempo e não encontrar nada, e isso entra o ponto que salientei lá em cima.

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Você precisa de mais equipamentos se realmente quiser ser um melhor caçador, mas pra isso precisa caçar animais para ganhar a experiência e dinheiro, então como fazer isso se não encontra os animais?

Claro, o jogo te dá dicas dos locais em que normalmente você os encontra, como na área de alimentação e pontos de água.

O smartphone/tablet te dá as horas que normalmente eles estão naquela área, mas isso não facilitou muito, porque ainda precisaria retornar a cabana e voltar no horário ou aguardar parado sem causar nenhum barulho. O que é extremamente chato.

Conclusão

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TheHunter: Call of the Wild possui um baita potencial para ser um excelente jogo do gênero – Além de ser o mais bonito.

Só que infelizmente não é um game que você conseguirá passar horas nele devido ao fato de que as missões não são interessantes o suficientes para te entreter. Sim, da para passar horas no meio das florestas caçando, até porque realmente toma tempo até chegar ao seu alvo, isso se ele não fugir antes.

Talvez o realismo aqui tenha sido um pouco exagerado ao tornar a caça trabalhosa e exigente demais de equipamentos. Não to dizendo que seja impossível conseguir alguns animais, só que que não é tão divertido. Claro, é recompensador quando você consegue pegar um animal que lhe rende mais pontos, mas isso a um custo relativamente alto do seu tempo.

E não me entendam mal. Não acho que facilitar demais seja interessante, mas acrescentar uma variedade de missões interessante talvez instigue os jogadores a passar mais tempo in game. O jogo possui um modo online em que dá para jogar com os amigos, isso sem dúvida melhora a experiência tanto para quem gosta do gênero quanto para os gamer casuais.

Se você gosta de jogos do gênero, certamente vai encontrar um em TheHunter: Call of the Wild um bom desafio.

O jogo está disponível para PC, Xbox One e PlayStation 4, sendo a versão analisada de Xbox One.

Essa análise foi feita com uma cópia digital de Xbox One cedida pela distribuidora do jogo.