3 Jogos indies brasileiros que merecem nossa atenção

3 Jogos indies brasileiros que merecem nossa atenção

07/11/2017 0 Por Diogo Batista

Se no ano passado eu infelizmente não pude dar a devida atenção a área indie da Brasil Game Show, nessa décima edição eu tive tempo para conferir vários títulos e conversar bastante com seus desenvolvedores.

É ótimo ver que mercado nacional indie está a todo vapor, e quem teve o prazer de conferir os jogos que estavam no evento, certamente saiu bem satisfeito. Outro ponto que preciso ressaltar é que esse ano houve um movimento maior do que vi na edição anterior.

O que mostra que a mentalidade do gamer brasileiro vem mudando e passaram a prestar atenção no mercado br de jogos.

Bem, nesse artigo estarei abordando três dos indies que mais gostei e joguei durante a BGS10.

reprodução/ Revolver Game Studio

Valgard and the Armor of Achille – Revolver Game Studio

Em um mundo onde cada vez mais consumidores buscam experiências cinematográficas, Valgard and the Armor of Achilles vai na contramão em busca de focar no fator diversão e ótimo gameplay.

Desenvolvido pelo brasileiro Revolver Game Studio, o jogo Valgard resgata um gênero a muito esquecido, o Shoot ’em up vertical. Gênero que marcou muitos marmanjos nos tempos do Nes e arcades, mas que aqui é empregado roupagem moderna e atraente para os dias atuais.

Cuidado ai embaixo – Reprodução/ Revolver Game Studio

Os cenários belíssimos e repleto de cores, com uma trilha agradável que dificilmente você enjoará de jogá-lo, e quando digo isso me refiro ao fato de que o desafio é alto, mas sem ser injusto com o jogador.

O que ao meu ver é um jogo que será melhor aproveitado jogando com amigos, mas que também vai agradar muito quem joga single player devido ao sistema de ranking online que os desenvolvedores estarão implementando no jogo.

Reprodução/ Revolver Game Studio

O personagem Valgard está em uma missão em busca de armadura de Achilles que fora forjada por Odin, mas para alcançar o seu objetivo precisará encarar 8 mundos repletos de inimigos, por sorte terá  variados power-ups coletáveis para melhorar seus ataques ao longo das fases, só não se empolgue porque nem tudo que pisca na tela deve ser pego, porque dai é morte garantida!

No final de cada uma delas será preciso encarar um chefe, sendo o primeiro um Cyclops que deve ter batido em mais da metade das pessoas que se aventuraram a jogar Valgard na feira.

Posso afirmar que Valgard foi um dos meus jogos favoritos da feira desse ano, e no momento em que conversava com os desenvolvedores sobre quais as plataformas em que o jogo seria disponibilizado, estava confirmado apenas para PlayStation 4 e PC/Steam, mas a galera do Xbox Power que também estava na feira entrou em contato com Eduardo Gottschald, que faz parte da direção do Xbox Brasil e o mesmo afirmou que será também lançado para Xbox One.

Agora resta torcermos para que essa delicia de jogo futuramente também possa chegar ao Nintendo Switch. E se você ficou curiosíssimo sobre o jogo, acesse o site da Revolver e saiba mais.

Agora resta torcermos para que essa delicia de jogo futuramente também possa chegar ao Nintendo Switch. E se você ficou curiosíssimo sobre o jogo, acesse o site da Revolver e saiba mais.

Reprodução/ Massive Work Studio

DOLMEN – Massive Work Studio

Desenvolvido pelo estúdio brasileiro Massive Work StudioDolmen é um daqueles jogos que chama a atenção visualmente por remeter a Dead Space, mas que ao jogarmos foi possível compreender que está muito além dessa estética ao agregar um sistema de combate ao melhor estilo Dark Souls, mas possibilitando o uso de armas de fogo.

Dolmen nos apresenta um cenário sombrio em que o personagem precisa buscar respostas e entender como foi diabos parar ali, mas pra isso ele conta com anotações espalhadas pelo cenário.

Reprodução/ Massive Work Studio

Como qualquer outro jogo aos moldes da franquia Souls, Dolmen conta com uma dificuldade desafiadora e não tão cruel, pelo menos essa foi a impressão que fiquei com os poucos minutos que joguei.A ideia de um personagem perdido em um lugar desconhecido e que precisa lidar com inimigos monstruosos enquanto busca um meio de sair dali, apesar de clichê, funciona e realmente chama a atenção.

O fato de também modificarmos o aspecto do personagem ao equipar uma nova armadura, talvez seja a coisa que mais me lembrou Dead Space.

Dolmen, apresenta um visual muito bonito e cenários interessantes, nota-se um cuidado ao criarem aquele universo. Também destaco o controle do personagem controle do personagem que responde rapidamente aos comandos. Ele também contará com um sistema de coop, pra tornar tudo ainda mais divertido.

Dolmen acabou sendo uma experiência bem gratificante, pois fiquei muito curioso para explorar mais da história, porém, o jogo ainda vai demorar um pouco a sair.

Ele está com uma data prevista para chegar ao PlayStation 4, Xbox One e PC por volta de 2019 a 2020, então é bem provável que muitas coisas mudem até lá.

Pra mais informações acessem o site do jogo aqui.

Reprodução/ Ambize Studio

White Lie – Ambize Studio

White Lie é simplesmente um dos jogos mais belos cativantes que joguei durante a Brasil Game Show desse ano.

O jogo está sendo desenvolvido pelo estúdio Ambize Studio, e conta a história de Greg, um coelho de pelúcia que de algum perdeu sua dona, Emma. Restando ao jogador conduzir o personagem em uma jornada de autodescoberta  entre suas lembranças na tentativa de entender o que houve com Emma.

A arte do jogo é incrivelmente maravilhosa, tudo feito a mão e com tons de sépia que casaram perfeitamente com a arte e trilha sonora – que também é linda.

O controle do personagem é simples e intuitivo, e o desafio está na resolução de alguns puzzles, que ao menos esses primeiros que joguei, não são difíceis, Mas também não te explicam detalhadamente o que é preciso fazer, sendo necessário prestar a atenção aos elementos de interação no cenário.

Reprodução/ Ambize Studio

O jogo alterna com fases em que é preciso explorar o cenário a procura de Emma, sendo que a fase final da demo nos leva a um conto que Emma gostava de contar a Greg, então somos transportados para um cenário em forma de livro, mas em outras ocasiões somos levados a momentos como aquele em que Greg está olhando para um balanço do lado de fora, e compete ao jogador movimentar a mão do personagem de modo que limpe o vidro para que ele possa enxergar melhor.

A proposta de lidar com a falta de uma figura importante em nossas vidas e a solidão é algo que realmente me pegou. Greg está só e repleto de dúvidas, uma situação que todos nós um dia tivemos ou teremos que lidar, tornando White Lie uma experiência e tanto.

O que diabos está acontecendo comigo!? Nem sabia que batia um coração em meu peito!

Reprodução/ Ambize Studio

White Lie provavelmente encantará e emocionará a muitos jogadores que buscam por experiências novas no mercado de jogos. O que me faz crer que a criatividade ainda respira e não está no mainstream, mas sim com os desenvolvedores indies.

A Ambize Studio pretende lançar o jogo em 2019, mas para isso eles contam com uma campanha no Catarse. Espero muito que eles possam levantar o valor que almejam para lançar o jogo não só nos PCs, como também futuramente nos consoles.

Visitem o site e a pagina do jogo no Catarse para saber mais sobre a campanha e dar aquela força, nem que seja compartilhando.

Encerro esse artigo deixando-os com um gameplay feito pelos desenvolvedores: