HALO | Mais do que apenas um FPS

HALO | Mais do que apenas um FPS

26/10/2017 6 Por Diogo Batista

Meu primeiro contato com HALO ocorreu lá em 2005. Foi um dos primeiros jogos que instalei em meu PC – que rodava muitos jogos graças a Geforce de 512Mb – Na época eu até que gostei do jogo. A ideia de controlar um soldado robótico contra hordas dos alienígenas mais feios que eu já tinha visto era interessante.

É, eu sei que estava enganado, mas por um tempo foi o que sabia a cerca de HALO. O meu inglês não ajudava naquele tempo.

Ao longo dos anos acabei deixando de lado todos os jogos da franquia, principalmente pelas criticas que ouvia a respeito. Mas desde que comprei  um Xbox One, decidi que deveria dar uma nova oportunidade a essa franquia tão famosa da Microsoft, então comprei a coletânea HALO: The Master Chief Collection, que é uma coletânea com os quatros jogos da franquia remasterizados.

LEIAM – FABLE III | Uma jornada inesquecível

Depois de jogar o primeiro jogo da franquia do inicio ao fim. Eu finalmente posso opinar sobre o que achei desse jogo tão criticado por uns e amados por outros. Olha, posso dizer que muito do que ouvi a respeito do jogo caiu por terra – É como sempre digo, não importa o quão bom ou mal digam sobre determinado titulo: JOGUE!

Só assim você realmente vai descobrir se um determinado jogo é bom ou não.

HALO: The Master Chief Collection

HALO

HALO nos coloca no comando de Master Chief, um super soldado que estava em estado criogênico por algum motivo que desconhecemos, mas que teve de ser acordado as pressas devido a um ataque na nave que o transportava, sendo os responsáveis pelo ataque a aliança alienígena Covenant.

OK, o jogo começa com um ataque e você despertando com um péssimo humor – O que nos dá motivos de sobra para atirar em qualquer alienígena safado que encontrarmos pelo caminho.

Chief conta com uma barra de energia e um escudo recarregável que em um primeiro momento passa a impressão de que a jornada será moleza. Só que não é bem assim. A medida que você leva dano, seu escudo precisa de um tempo para recarregar, e se descarregá-lo todo, será preciso buscar alguma cobertura urgente, caso contrário vai a óbito facilmente.

Pra ajudar, os inimigos costumam andar em grupos numerosos, então a probabilidade de você tomar uma enxurrada de tiro e ir para o colo de satanás é muito grande.

O que sem dúvida acrescenta um grande desafio em HALO, que diferente do que eu pensava, não foi apenas mais um entre os diversos outros jogos do gênero FPS lançado no ano de 2001.

O universo de HALO

Nos primeiros minutos de Halo você se ver diante de apenas mais um jogo onde controlamos um soldado, a frente de uma guerra entre humanos e alienígenas. Não que isso deixe de ser verdade, só que a medida que você avança no jogo, descobrimos que a muito mais nessa guerra do que pensávamos .

Pra entenderem melhor, falarei um pouco sobre os inimigos do jogo, os Covenant. Calma, me esforçarei para não soltar nenhum spoiler que possa comprometer toda a experiência.

Descobri um pouco mais sobre os Covenants ao começar o segundo título, e achei tão interessante que decidi acrescentar essa informação aqui mesmo que esteja abordando o primeiro título. Creio que não irá afetar sua experiência ao jogar, e sim, torna-la ainda mais interessante ao mostrar um pouco mais sobre esses inimigos.

Enquanto todos nós leigos acreditávamos que os Covenants se resumiam a uma única espécie bem estranha de alienígenas, ao jogar é possível entender que Covenant são uma aliança militar teocrática. São diversas espécies de alienígenas unidos sobre uma mesma crença em uma jornada bélica.

Aqui no caso o objeto de crença dos Covenant são os “Forerunners“, uma raça super avançada que fora misteriosamente extinta, restando apenas a sua tecnologia e os HALO’s para trás como registro de vida – Tecnologia essa que foi devidamente absorvida pelos Covenants.

Oh, alienígenas religiosos! Por que eles nos atacam, Woo?

COVENANTS

Covenants acreditam que os HALO’s deixados pelos Forerunners sejam estruturas sagradas, então querem ativá-los afim de completar a profecia do seu povo. O problema é que você descobrirá ao longo do jogo que aquilo não é exatamente tão sagrado quanto aparenta.

Há uma razão para os Forerunners terem sido extintos e um motivo ainda mais obscuro para a criação de Halo. Só que os profetas, lideres dos Covenants,  tendem a eliminar qualquer herege que contrarie o entendimento que possuem sobre os HALO’s.

HALO

Em Halo existe uma variedade de inimigos e alguns deles  quando em grande número causam uma dor de cabeça tremenda, mas em compensação você tem um numero considerável de armas a sua disposição.

O que não te impede de ficar enroscado em algumas fases por falta de energia ou munição. Isso nos coloca em situações onde você se vê obrigado a criar estratégia para contornar alguns desses sufoco.

Não é só atacar

Logo ir de frente encarnando o Rambo é sempre uma péssima ideia, pois as armas possuem um recuo quando você pressiona o gatilho, fazendo com que você mate mais paredes e pedras do que os inimigos.

Dê tiros cadenciados e certeiros porque vai precisar de munição na hora de enfrentar os Caçadores (São alienígenas grandes e blindados) que podem matá-lo com apenas um tiro de rajada explosiva de plasma.

Meu primeiro contato com eles foi bem divertido, graças ao fato de que estava sem munição do rifle e meus companheiros estavam mortos. Me encontrava sozinho contra dois deles. Depois de morrer muito, resolvi pensar um pouco e acabei descobrindo um modo “fácil” de derrotá-los – Mas não vou contar aqui.

Ah, também não posso deixar de dizer que em determinado ponto da história, o ritmo do jogo muda drasticamente ao nos colocar frente a frente com um novo inimigo. O que nos leva a uma reviravolta surpreendente, pois a prioridade de eliminar os Covenants é deixada de lado e precisamos focar em apenas sobreviver e impedir que a ameaça se espalhe.

Mas será que dá pra dizer que HALO é perfeito?

Durante toda a jogatina apenas duas coisas me incomodaram: O controle do Warthog (O jipe do jogo) e as bases repetitivos.

Não me entendam mal, controlar o veiculo não é difícil e sim uma tarefa apenas frustrante, pois diferente do que estamos habituados ao controlar veículos em outros jogos, aqui você controla a mira para direcionar o Warthog. E o veiculo é primordial para você finalizar o jogo.

Por outro lado quando adentramos algumas bases, a probabilidade de você se perder por alguns minutos ou ter a sensação de que está indo para o caminho errado são grandes. Você fica com a sensação de que está sempre voltando para o mesmo lugar, o que pode frustrar algumas pessoas.

CONCLUSÃO

Eu não me considero um fã de jogos como Battlefield ou Call of Duty, que são considerado jogos de peso do gênero FPS nos dias de hoje, ainda assim consegui encontrar em HALO um jogo que prende a atenção e não te cobra técnicas monstruosa para ser terminado.

Seu enredo é muito bom e consegue se manter interessante até a sua resolução final, então por mais divertido seja ser um genocida, ainda assim você se importa com tudo o que está acontecendo a sua volta. Se  você deixou a franquia de lado por se tratar em um FPS,  fique tranquilo, você ainda vai se divertir.

CONFIRAM – Dead Space 3 do início ao fim

Depois concluir o jogo, a sensação de que você deve continuar é grande, então não demorou muito para eu decidir começar o segundo jogo e ficar surpreso com as diversas melhorias do jogo, mas isso é artigo para outro dia.

No momento o que posso dizer é joguem HALO, tenho certeza de que se você ignorou a franquia seja por preconceito ou desgosto pelo gênero FPS, ainda existe uma probabilidade de você se divertir e mudar a maneira como enxerga a franquia.

Se você possui um Xbox One, recomendo vivamente HALO: The Master Chief Collection que possui os quatros jogos remasterizados e com as mais belas cutscenes que eu já vi. Sério, são incríveis. Mas se você faz parte da comunidade retro, encare o original, vai se divertir muito.