PREY | Impressões das primeiras horas

PREY | Impressões das primeiras horas

02/06/2017 3 Por Diogo Batista

PREY é o mais novo título da Arkane Studios (Estúdio responsável pela famosa duologia DisHonored e Bioshock 2) chegou ainda no começo desse mês, precisamente em 5 de Maio. O jogo foi lançado para Xbox One, PlayStation 4 e PC, e tem como promessa oferecer ao jogador um ambiente a ser explorado, habilidade de craftar e muitos sustos.

Se você não tem ideia do que se trata, então prepare-se para ir a bordo de TALOS I, e encarar um inimigo que pode ser qualquer coisa, até mesmo uma inocente xícara de café.

Em PREY somos colocados no papel de Morgan Yu, um cientista que estava envolvido em experimentos da empresa TranStar, quando algo deu muito errado durante um teste. E agora resta a Yu resolver o problema, salvar os sobreviventes e ainda tentar salvar a si mesmo. Mas antes de começar a sua jornada, você terá a opção de escolher o sexo do personagem, seja masculino ou feminino, uma escolha mais voltada a estética, pois não influenciará em nada.

Estou com um pouco mais de 10 horas de jogatina e gostando bastante, então resolvi expor apenas minhas impressões do jogo até o momento. Não tomem isso como uma experiencia completa, OK?

Peguem seu traje espacial e me acompanhem!

Com algumas horas de jogatina, PREY, já deixa bem claro ao jogador que não é do tipo que carrega você pela mão e entrega todas as localizações de maneira linear. Sim, ele aponta onde você tem que chegar, agora como chegar lá e o caminho depende unicamente do jogador. Isso porque o jogo te dá liberdade para explorar a imensa Talos I.

Por exemplo; Há uma porta fechada e para dar continuidade no objetivo principal você precisa de um cartão para abri-la. Você pode optar por correr atrás de um cartão de acesso ou explorar um caminho alternativo, e explorar significa encarar maquinas corrompidas, fantasmas e os safados dos mímicos.

Particularmente eu gostei bastante dessa liberdade, mas não vá pensando que estamos em um sandbox. Essa liberdade toda tem um custo, e é ai que entra um dos pontos negativos. Voltar para uma determinada área de Talos I significa loadings, o que faz vocês bufar todas as vezes que se dá conta que deixou algo para trás ou que determinado cartão estava em uma área que você havia passado a poucos minutos.

Quem joga Fallout 4 ou Elder Scrolls V: Skyrim, está acostumado a loadings demorados, agora se fosse não faz parte dessa turma, então boa sorte e tente não se esquecer de nada.

Agora vamos falar dos inimigos no jogo. Posso dizer que passei alguns momentos de cagaços ao enfrentá-los. O motivo é o fato de que os primeiros Typhons (os alienígenas) que você tem contato são chamados de Mímicos, e eles se transformam em qualquer coisa, isso inclui canecas, armas, bolsas de energia.

Imaginem o desespero desse pessoal para usar papel higiênico na hora do aperto!

Como se não bastassem os sustos que causam, os mímicos também são extremamente ágeis. Se faz necessário correr e identificá-los o mais rápido possível, antes que se camuflem no ambiente. Por sorte temos uma arma de cola que os paralisa por um curto período de tempo.

Mas temos também os Fantasmas, que são os inimigos mais durões até o momento, além de assustadores. Você os encontrará perambulando e murmurando como aquela voz aterrorizante. Os mais corajosos podem querer enfrentá-los de frente, mas encara-los de frente NUNCA é uma boa ideia, pois são velozes e causam muito dano. Caso não mude de ideia, saiba que se você atacá-lo com arma de fogo pelas costas, você causa um dano extra considerável e ganha vantagem. Mas tenha em mente: Correr é sempre uma opção.

Mas se eu ainda não os convenci, saibam que os fantasmas possuem suas variações e que eles tendem ser mais fortes;

– Fantasma Térmico: Eles podem criar colunas de fogo que atira o personagem pra longe. Ficar parado é uma péssima decisão, então se mexa muito.

– Fantasma Etérico: Rápido pra cacete e ainda cria uma duplicata de si, que ao ser destruída deixa uma nuvem tóxica. Me matou algumas vezes até eu me dar conta da nuvem. É, eu tava nervoso.

– Fantasma Voltaico: Atiram raios e causam explosões elétricas contra o protagonista, o que torna tudo eletrizante – Ba Dum Tsss?

Por sorte, conforme você avança, o você começara a encontrar armas mais potentes, como a shotgun, e ainda pode melhorá-las. Mas não se anime, pois munição é escassa em Talos I, ai compete ao jogador fabricá-las ou economizar.

Para a fabricação você conta com uma maquina de reciclagem, então prepare-se para se ver o tempo todo organizando espaço em seu inventário e coletando todo tipo de tralha pelo caminho.

É possível reciclar desde armas que você encontra pelo cenário até restos de materiais e lixo. A matéria orgânica é útil para criação de kits médicos, kits de reparo do traje, e como os inimigos que enfrentamos deixam loots, entre eles o pedaço de sua matéria que é muito útil para a criação de Neuromods. Mas para a criação, você terá que ter acesso a outra maquina que cria itens. Simples, mas você precisará de diagramas para fabricá-los, e vocês os encontra durante a exploração.

Os neuromods são essenciais para a trama, pois é graças a ele que seu personagem evoluí os atributos na arvore de skills e se tornar mais forte para encarar os desafios dentro da estação TranStar. E para consegui-los é preciso encontrá-los ou fabricá-los em uma maquina construtora, isso depois de achar o diagrama. Mas sua matéria prima necessita dos pedaços de typhons.

Em determinado momento da trama você encontrará o Psicoscópio, ele é fundamental, pois acrescenta mais três novas habilidade a arvore de skill. Dessa vez voltadas as habilidades typhon, e com o aparelho você consegue copiar os poderes dos alienígenas.

Algumas dessas habilidades permite ataques como os dos fantasmas, porém, o jogo faz questão de esclarecer que essas habilidades podem facilitar por um lado e por outro prejudicá-lo.

O que ao meu ver é incrível, pois estou muito tentado a recorrer a essas habilidades afim de ficar mais forte, mas, correr o risco de perder a humanidade do personagem no processo e até comprometer a minha missão não me parece uma boa. Então estou focando apenas nas habilidades humanas, mas o jogador tem essa liberdade de escolher qual a melhor combinação de habilidades.

Falando assim até parece que é tudo muito fácil, então se não se empolgue. Neuromods não se acha com facilidade e a construção deles depende de matéria orgânica typhon ou seja, significa que você precisará mata-los aos montes.

Em meio a alienígenas, psicoscópio e agulhas nos olhos, você ainda terá que dar umas saídas para fora da estação espacial. O que é uma das coisas mais legais de se fazer desde as aventuras que tive em Dead Space.
Gostei bastante dessa liberdade de ir para fora e reparar o casco, além de que é possível chegar em outras áreas. Também não encontrei um limite de tempo que ou oxigênio, então dá para brincar.

O cenário em um primeiro momento passa uma sensação de solidão, mas vira e mexe topamos com construtores indo para lá e para cá, além de alguns sobreviventes. E isso é outro ponto, você ao descobrir o que houve no local pode optar por matá-los ou não. Alguns podem ajudá-los, outros são mais uma questão moral.

Me deparei com um rapaz preso em uma cela de experimentos, ao olhar o painel com seus dados, descobri que era um traficante de crianças. Podia dar uma chance e salvá-lo ou matá-lo dando continuidade ao experimento. Bem, meio que contrario a minha opinião, decidi salvá-lo e com isso ganhei acesso a uma sala de arsenal.

O rapaz ainda agradeceu por eu ter sido a única pessoa que o tratou bem até aquele momento.

É, ser bonzinho não é tão ruim quanto eu pensava.

Apesar de tudo o que eu disse até agora, a história de PREY é bem competente, porém, para um entendimento melhor, você gasta algum tempo lendo emails em terminais, bilhetes, ouvindo gravações. Quem assistiu aos trailers do jogo certamente esperava por algo mais dinâmico, então isso pode vir a desanimar alguns jogadores ou mesmo deixar alguns apressadinhos confuso quanto ao que esta rolando em PREY.

Eu mesmo algumas vezes por preguiça passei batido, mas depois de limpar o lugar retornei. E isso é ruim? Não, mas também não vai agradar todo mundo. Então se você quer ter uma melhor experiencia, se prepare para ler bastante. Mas vamos a outro ponto que acabou por me irritar, e isso eu comentei logo acima, foram os loadings.

As recicladoras ficam em áreas distante uma das outras e muitas das vezes que me dei conta que tinha pouca munição, percebi que teria que voltar para fazer mais. Só que a maquina estava em outra área, então lá vai você para a tela demorada de loading, ai gasta 3 minutos fazendo munição itens ou seja lá o que o seu coração mandar, para voltar e ter de encarar mais loading.

Isso pode brochar algumas pessoas.

Por outro lado temos uma trilha sonora muito boa. Estou gostando da maneira que ela funciona no jogo. Em momentos de tensão ela fica um pouco mais alta, o que contribui para o cagaço.


Por enquanto é só o que tenho a dizer dessas mais de 10 horas de jogatina de Prey.  Eu cheguei a topar com outras variações de typhons também, só que não tenho muitas informações ainda sobre. Há também outras armas e granadas, como a granada de reciclagem apresentada no vídeo acima – É excelente, queria mais delas.

Estou me divertindo bastante, apesar do que disse até o momento. Como disse no começo, ainda não o conclui, então não possa dar um parecer. Entenda esse texto apenas como uma bate-papo sobre os pontos que me agradaram e os que me incomodaram. No geral PREY está sendo um bom jogo.

Agora vocês me deem licença, pois tenho que descobrir que outros segredos me aguardam em Talos I.

*O jogo PREY foi analisado com uma chave digital fornecida pela Bethesda.*