GANTZ: O | A melhor coisa já feita desde o anime

GANTZ: O | A melhor coisa já feita desde o anime

23/02/2017 1 Por Diogo Batista

Ah, como eu aguardei por esse dia, finalmente GANTZ: O chegou e para minha surpresa ele foi direto ao Netflix. Uma das maiores e melhores plataforma de streaming por enquanto.

É, eu não to ganhando para fazer propaganda… pois é.

Indo direto ao ponto, eu assisti ao filme duas vezes, tamanha era a minha empolgação. E estou assistindo novamente enquanto escrevo esse texto. O motivo é que sou ansioso e automaticamente quis escrever logo depois de assistir, mas poderia acabar me rendendo ao fanboyismo, e isso não seria certo.

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Sim, eu sou muito fã do mangá e o anime (exceto a curta segunda temporada, ridículo aquilo.). Também não fui conquistado pelos filmes de 2011. Apesar de terem seu ponto positivo, oras, dane-se os filmes de 2011.

Vamos falar de GANTZ: O

GANTZ:O

O filme dá início com a batalha de Kurono contra o Oni Alien do meio da cidade, ele consegue o derrotar, mas é fatalmente ferido e morre nos braços da Reika. Essa luta não teve o mesmo desfecho que no mangá. Isso provavelmente vá assustar os fãs. então acalmem-se.

GANTZ: O faz um ótimo uso desse arco e principalmente dos personagens. Kato continua o mesmo, mas é inserido como um novato na trama. Temos o Sr. Suzuki, Reika e Nishi como os sobreviventes da missão contra o Oni Alien, e eles continuam com as mesmas características dos personagens do mangá.

O que nos da uma perfeita ideia do que é uma adaptação fiel as características de uma obra – aprenda Resident Evil.

Claro, estamos falando de personagens fieis aos seu design, porém, um ator poderia fazer o mesmo, basta um roteirista decente e um diretor competente, algo que pudemos ver em Silent Hill. Facilmente uma das melhores adaptações feitas de um game, anterior a eles somente Mortal Kombat.

Bem, farei um resumo para você entender melhor do que se trata o enredo de GANTZ:

Pessoas que morreram por acidentes, acidentalmente ou por qualquer outro motivo, acordam em uma sala onde há uma esfera negra. Essa esfera é chamada de GANTZ e vai ditar o que você deve fazer com sua vida a partir desse ponto.

Todos os personagens estão presos a GANTZ até que complete 100 pontos no “jogo” que ele promove. Completando os 100 pontos você ganha o direito a três escolhas:

1 – Ganhar uma arma poderosa,
2 – Ressuscitar alguém que esteja no registro da esfera negra
3 – Ter a memoria apagada e voltar a sua vida normal

Para que possa fazer pontos, GANTZ lhe dá alvos para eliminar, alvos nem um pouco fáceis ou sequer humano para você eliminar. Mas pra compensar ele dá a roupa negra que confere super força e armas avançadas. E caso o jogador tente fugir, sua cabeça explodira em pedaços.

O engraçado de tudo isso é que as pessoas que são convocadas, em sua maioria, são pessoas normais. Sem qualquer preparo tático ou militar. Há idosos, crianças, mulheres e até um cachorro e um panda.

É, não me pergunte os motivos.

GANTZ: O

A arma de gravidade é só amor

O número de personagens de uniforme negro foi reduzido drasticamente, muita coisa foi deixada de fora.

O que é aceitável, pois o time de Osaka é composto totalmente por lunáticos, logo colocar um psicopata estuprando um monstro não seria uma boa ideia. Certamente isso acabaria com as chances da obra chegar nessas bandas. E a melhor parte é que não prejudicou em nada.

Talvez eu tenha ficado um pouco desapontado com uma das transformações do Nurarihyon, o vilão desse filme. No mangá ele  ao se transforma em uma mulher é cortado, e durante sua regeneração ele abre a barriga e puxa os intestinos para fora, só pela brincadeira.

Bem, mais isso é só o meu gosto por gore falando mais alto. O que eu não esperava era a transformação de uma mulher gigante feita de corpos femininos. No mangá esse momento chega a ser engraçado por causa de um personagem que ficou de fora. Mas para atiçar a curiosidade de vocês, ele morre encaixando o LEGO em um dos corpos.

Talvez uma das coisas que me desagradou em GANTZ: O é a cena do robô. Claro, eu adoro robôs gigantes, logo estava no hype de conferir a batalha do robô contra o mostro gigante, pois ela funciona muito bem no mangá, mas aqui ela não funciona.

O robô ficou muito foda, isso é inquestionável. Mas só tá ali para mostrar que tem um robozão gigante. Não há outro proposito. É uma cena que poderia ter sido removida para abrir espaço a mulher que bota as tripas para fora, ou estender ainda mais a batalha contra o Nurarihyon.

Fora esse pequeno detalhe, o resto é incrível e consegue passar uma sensação de que as coisas vão piorar a todo momento.

Queria que o filme fosse um pouco mais longo, apesar da uma hora e meia de duração. Adoraria que outras coisa tivessem sido acrescido, e outras poderiam ter sido descartada, mas o resultado final é extremamente gratificante.

Um final que te faz arrancar a camisa e atirar contra a televisão enquanto grita: ISSO AI, DIACHO!! SHOW, AI QUE DELICIA DE FILME!!

É…

Eu quero dizer que é filme que indico para qualquer um que procura uma aventura fora do convencional. Certamente esse filme vai estimular as pessoas a procurarem o mangá e o anime. Torço para que esse filme seja o principio de outros filmes baseado em mangás seguindo o formato 3DCGI.

GANTZ: O não é um filme longo, tem cerca de uma hora e meia de duração e está disponíveis nos idioma  japonês e inglês no Netflix.

É isso, agora só nos resta torcemos para que mais mangás possam ganhar filmes tão bons quanto. Na torcida para que Battle Royale um dia possa ser um desses.