Brasil Game Show 2016

Brasil Game Show 2016

20/09/2016 0 Por Diogo Batista

Por mais um ano eu pude prestigiar a maior feira de games da América-latina a Brasil Game Show.

Diferente do ano passado, dessa vez a edição aconteceu no recém reformado Expo São Paulo, que é enorme e proporcionou melhor acesso as estandes. E eu achava que tinha andado muito ano passado, saibam que andei o triplo nesse ano. Também pude comparecer dois dias no evento, sendo que o primeiro dia foi o de imprensa, onde as filas eram reduzidas e só havia imprensa e VIPs.

No geral a estrutura desse ano foi bem melhor que a do ano passado. Eu que sou uma pessoa grande e larga, consegui trafegar tranquilamente na sexta-feira, que foi o primeiro dia aberto ao público.

Claro, não ficou tão abarrotado de gente quanto no sábado e domingo, mas os amigos que estiveram por lá no final de semana disseram que comportou bem o público e ninguém saiu pisoteado.

Outro ponto interessante do evento foi que tivemos alguns lançamentos com demos disponíveis, então pude jogar alguns jogos que tinha vontade, pelo menos alguns que não precisei ficar quase 1 hora na fila e encarar uma demo que já estava disponível desde a E3, né, Resident Evil 7.

A parte mais triste é que depois de voltar para a minha cidade é que fui descobrir que havia uma demo exclusiva para a imprensa, a “The Lantern”. É, lagrimas de sangue rolaram por minha face.

Bem, agora vamos ao que interessa que são os jogos:

O que na BGS passada se resumiu a apenas uma luta entre Marvox e eu. Esse ano eu pude jogar o modo survival por uns 10/15 minutos e derrotar (cof, cof) 18 personagens. Se você tinha alguma dúvida quanto a compra do jogo, saiba que ele tá perfeito. A jogabilidade está ótima e os controles respondem com precisão.

Eu sou mega fã do Street Fighter Alpha e torci o nariz para o Street Fighter 3 e 4. Só que esse novo jogo realmente consegue agradar até os mais chatos (eu). Eu só tenho uma ressalva quanto ao jogo.

A CAPCOM DEVERIA VENDER O JOGO COMPLETO!

É ridículo ter que comprar personagens ou esperar download de MODO HISTÓRIA. O modo história é obrigatório. Daqui a pouco vão começar a cobrar por ele ou pelo função de pausar o jogo na hora que tu quer dar uma mijada.

Resident Evil 7 é o jogo que mais ansiava por conferir coisa nova durante o evento. Lá fui eu ficar pegar uma fila e ficar por 40 minutos aguardando a minha oportunidade de jogar. E eis que ao adentrar a sala e topo com a demo “The Beginning Hour“.

A culpa não é do evento, eu sei disso. Só que isso não me impediu de praguejar e blasfemar mentalmente por horas.

Bem, de qualquer maneira as minhas expectativas com Resident Evil VII são boas. Há uma probabilidade bem grande de sermos surpreendido com a versão final do jogo. Principalmente agora que diversas informações novas estão sendo divulgadas, como o novo trailer que mostra um pouco do combate, armas e a família Baker.

Outra coisa bacana é que reproduziram a casa do jogo durante o evento, então para ter acesso você pega uma fila para entrar na casa e jogar a demo do jogo. Claro, tivemos uma replica menor que a da E3, mas ela é igualmente foda.

Uma coisa que vem martelando a minha cabeça a cerca do jogo são as comparações com Outlast, que se trata de um horror em primeira pessoa. Gente, vocês não devem ter jogado F.E.A.R em sua vida, né?

Enfim, eu pude testar “Cuphead Don’t Deal with the Devil” aquele que é um dos jogos mais aguardado por mim e, talvez outras pessoas que eu desconheça. Mas você deve tá se perguntado: Será que presta?

Primeiramente não é um jogo nada fácil, e os inimigos não dão trégua, logo você pode ser morto em poucos segundos e isso é ótimo. Há tempos não temos um jogo que cobre tanta habilidade, além dos Dark Souls e Super Meat Boy.  Temos aqueles jogos estúpidos criados unicamente para serem injogáveis, mas não aqui.

Cuphead leva o jogador a memorizar os padrões dos inimigos, algo que pudemos vivenciar nos jogos clássicos, como Contra do Nes. O seu visual único e inspirado nas animações dos anos 50 é lindo e abraça perfeitamente com tudo diante dos nossos olhos.

Claro, não posso confirmar se tudo vai correr bem na versão final, mas essas primeiras impressões só confirmam uma coisa: EU VOU COMPRAR.

Enquanto Might Nº9 estava apanhando feito uma cachorro sarnento da mídia especializadas, ReCore prometia ser a obra prima de Keiji Inafune para esse ano.

Infelizmente eu não pude jogar por mais tempo, pois era no esquema de quem morre passa a vez. O que é bem difícil, visto que era a primeira vez que estava jogando o game, agora imagine a situação. Sem morrer você poderia ficar até 40 minutos, que seria o tempo da demo – Corrijam-me se eu estiver errado.

ReCore é um jogo de plataforma e tiro, o que não é muito comum para as plataformas atuais, visto que tudo hoje em dia é focado no realismo ao melhor estilo Grand Theftiano – gostei, vou usar sempre.

Infelizmente eu não pude jogar o suficiente para fazer uma analise mais profunda sobre a mecânica e jogabilidade, mas no geral eu achei bacana. É um jogo que gostaria de jogar muito mais.

Provavelmente o resto do dinheiro de Might Nº9 foi parar nesse jogo – Muaahahaha!

Horizon Zero Dawn sem dúvida tá na lista daqueles jogos que deixou a galera com a boca cheia d’água durante a E3. Quando eu o vi por lá fiquei empolgado para jogar, mas a fila me desanimou. Pelo menos eu pude ver a galera jogando e gostando bastante da demo,  que só aumenta as expectativas.

Uma das coisas que achei bacana é que você não poderá sair levando tudo no peito. Será preciso ter cautela, pois alguns animais do jogo causam um dano bem grande. Temos também uma variedade de armas e… Cara, esse jogo tá bonito demais. Eu devia ter jogado ele.

Bem, não tenho muito o que falar a respeito, mas o Tchulanguero jogou a demo durante o evento e fez uma ótima análise lá no Vão Jogar.

A área indie desse ano estava muito maior do que ano passado e com uma estrutura bem melhor, e lá conheci o jogo: G.U.TS – Gory Ultimate Tournament Show, que vem sendo desenvolvido pelo pessoal do Flux Games Studio.

O jogo ainda está em alpha e conta apenas com um personagem, mas já dá para ter uma ideia do que nos aguarda.

O maior diferencial é que sua energia é medida pelos membros do corpo ao invés de uma tradicional barra de energia. Para retirar os membros você precisa executar um golpe especial que depende de uma barra de GUTS, que carrega a medida que você bate no oponente. Com barra carregada basta soltar o especial e arrancar um braço ou perna. A luta termina só quando um dos oponentes que está sem os membros recebe um último guts.

Eu joguei com o Vigia e demos muitas risadas durante as batalhas. Ver o personagem sem braços e pernas dando cabeçadas nos arrancaram boas risadas. Estou bem ansioso para conferir a versão final do jogo. Ele me lembrou o clássico B.I.O. Freaks do saudoso PlayStation. Quem lembra do jogo sabe que era possível arrancar membros dos inimigos.

Se você ficou curioso, saiba que o alpha está disponível para download no site: http://www.playguts.net. Também não deixem de curtir a página e ficarem ligados nas novidades: https://www.facebook.com/GUTSshow.

For Honor foi o jogo que fiquei ansioso pra jogar, mas devido a uma fila com espera de até 30 minutos e deixei pra lá.

A Brasil Game Show desse ano eu posso dizer que foi maior em diversos quesitos, um deles foi no espaço e a quantidade de pessoas cobrindo o evento. Outro ponto que me agradou foi que dessa vez muitas pessoas que gosto, admiro e respeito, puderam participar do evento. Eu não abordei ninguém, talvez um e outro, mas no geral eu dei atenção ao evento e nos colegas próximo que acompanhei.

Infelizmente eu não joguei tanto quanto eu queria. O primeiro dia do evento em que estive por lá, eu esperava não encontrar filas demoradas por ser um dia dedicado a imprensa.

Na realidade não havia tantas filas, por exemplo: Gears of War 4 não tinha filas, mas também não me interessava. Talvez se tivesse chegado mais cedo eu tivesse jogado muito mais, fica a lição.

Não, esse ano eu não dormi na rodoviária. Eu fui acolhido pelo amigo Marvox, assim pude ir ao segundo dia de evento que rolou na sexta-feira. Alias, o Marvox fez uma cobertura show, então não deixe de conferir aqui: MarvoxBrasil na BGS2016. Também temos a cobertura do Thiago Machuca do Portallos, e do Cadu do Gamer Caduco.

E esse foi o meu segundo ano de BGS. Eu me diverti a beça e só tenho a agradecer a Brasil Game Show pela oportunidade que tive de prestigiar esse grande evento e as vocês leitores que tem me suportado nesses 6 anos de site. Se não fosse por vocês, certamente o site teria fechado as portas a tempos.

Bem, acho que a única tristeza foi que eu não joguei a demo “Lantern” de Resident Evil 7. Poxa, eu teria levado altos sustos =/